segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Just so easy when the whole world fits inside of your arms.

Estava eu lá ultrapassando a marca da metade do meu almoço (lê-se 'no terceiro espeto de carne'). Enquanto fazia isso eu assistia a adultos em maioria gordos conversando sobre amenidades com amigos semelhantes, crianças nojentas brincando e mijando na piscina (e gritando isso em alto e bom som), cachorros fofinhos correndo de um lado a outro. No rádio ligado da lanchonete tocava um forró ligeiramente bobo e agradável. A carne estava simplesmente perfeita. E, me vendo nessa situação singular, comecei a pensar em que vida agradável tenho levado fora de casa. Digo, eu estava me virando muito bem com os meus compromissos (faltando em uns, indo a outros) e, pasme, já tinha até arranjado uma namorada!

Eu sempre me dei bem fora de casa. Quando vou viajar, passar um dia ou mais na casa de um amigo ou coisa e tal, geralmente sem meus pais, sempre noto como me dou bem e me divirto com a 'aventura'. É por isso que decidi viajar bastante quando crescer. Ou, correndo o risco de soar familiar para alguns, me tornar um mochileiro. Acho que a vida viajando por aí, conhecendo um monte de gente e um monte de lugares legais deve ser muito bacana.

Então pensei na Mika. Será que quando eu conseguir um emprego caseiro que me permitisse viajar (se eu conseguir), ela aceitaria ir comigo? Sejamos mais práticos ainda. Será que ela ainda vai estar namorando comigo?
Mesmo se eu estiver solteiro, e se eu acabar arranjando outra namorada numa dessas viajens? Será que isso me faria parar?
Pensei melhor e cheguei a conclusão de que, na remota hipótese de que eu teria um emprego bom e caseiro, estivesse livre pra ir pra onde quisesse, ainda namorando com a Mika e ela não quisesse ir comigo, eu ficaria com ela. Bem ou mal, dá pra conhecer novas pessoas e lugares em qualquer canto. Até perto de casa.

Foi mais ou menos por aí que o meu espeto acabou. Ao forçar minha mente a focar-se em ir comprar outro, minhas divagações acabaram se centrando em outros assuntos.
Como levar a Mika pra festa de Domingo?
Pensei um pouco e arquitetei um plano aceitável. Minha próxima reflexão foi a constatação de que a Mika acaba surgindo em quase todos os meus pensamentos.A próxima foi "Vou postar isso no blog". Mas se eu dissesse isso aqui, perderia toda a magia.



A primeira parte desse post foi escrita há muito tempo, logo em seguida ao post do Cox. Eu já não lembro se a Mika foi pra festa de Domingo, nem que festa é essa... Mas ela ainda aparece em quase todos os meus pensamentos. Aliás, hoje ela disse que me ama. Tô no espaço~

Mas vocês não precisam ouvir minhas melações. Deixa eu falar sobre outra coisa...


Sim, eu mudei o layout. Agora é um em homenagem ao Guia do Mochileiro das Galáxias, que é uma história que eu curto pra cacete.

E mais, eu tirei certos favoritos do Sburbles... Tirei os que nunca atualizam e os lazarentos que nunca lêem meu blog. Tem alguns que se encaixam em um ou nesses dois grupos, mas se por algum motivo eu gosto do link deles, não tirei.

Massim, mudando de assunto!


Campinas é uma cidade que recebeu muitos imigrantes japoneses. Existe um clube aqui feito por eles pra eles, chamado Nipo. O Nipo tá sempre de portões abertos, não importando se você é sócio ou não. Lá ocorrem festas e eventos (já ouviu falar da FanMixCon?), além de uma feira mensal todo segundo Domingo com diversos produtos japoneses ou não. É lá que eu arranjo canetas de choque... Anyway.
Além disso, no Nipo existem três grupos que se encontram todo Domingo. O KodomoKai, o JuniaKai e o SenenKai.


O KodomoKai é tecnicamente uma creche. Crianças são deixadas lá de manhã para serem supervisionadas, brincarem e até aprenderem um tantinho de japonês. Essa criançada é supervisionada por alguns caras do JuniaKai. Aliás, em prol da informação: O Cox já foi monitor do KodomoKai... Daí você tira suas próprias conclusões.

De manhã a criançada traz diversos lanches e bebidas, que são servidos como café-da-manhã depois. Meu café-da-manhã, as vezes.

O JuniaKai é a próxima reunião, realizada a tarde. Dos três grupos, é o mais numeroso, contando agora com 150 membros. Os jovens de 11 a 17 anos chegam, comem o que restou do café do KodomoKai, conversam, zoam da cara de alguns rapazes pré-determinados e realizam alguma tarefa grupal legal.
Cantam em corais, participam de esportes, trazem PS3 e pá e pó. Você consegue imaginar o que é brincar de polícia e ladrão com 60 pessoas com direito a arminhas de água? Pois bem, é um barato.

Depois de realizadas as atividades do dia, os Junia se juntam numa grande roda e fazem uma reunião. Mais tarde vamos conversar sobre algumas dessas reuniões.

E, por fim, temos o SenenKai. O grupo é de semi-adultos (18 a 20 e tantos anos). Eu não sei o que eles fazem, conheço só alguns membros e não sabia da existência desse grupo até ontem. Aliás, nem foto deles no Google eu achei. Ninjas...

Agora, vamos tratar das tais reniões do JuniaKai.

Não, eu não sou um membro. Por morar a uma distância ínfima do Nipo, as vezes eu apareço por lá, só isso. Fato é que, por uma fantástica improbabilidade do destino, eu estive presente em algumas das reuniões mais importantes. Eu estava lá quando eles planejavam a recepção do príncipe japonês que vinha em comemoração aos cem anos de imigração. Eu estava lá quando eles decidiam como seria a camisa oficial do JuniaKai. Eu estava lá quando uma bola de futebol bateu e quebrou a janela espalhando cacos pela quadra inteira (isso não foi importante, mas super divertido). E, creiam, eu estava lá ontem quando eles decidiram ser reconhecidos internacionalmente.

Akira, membro original desde a criação do JuniaKai há cinco anos e líder organizador do grupo estava de pé diante de vinte jovens majoritariamente japoneses. Era um dos últimos encontros do grupo neste ano e ele tinha um assunto importante pra colocar em pauta:

- Gente. Quem tava aqui em 2003 levanta a mão. Pois é... Vocês lembram como era? Era só um grupo de amigos que criou o JuniaKai sem intenção nenhuma, só pra se encontrar aqui... E agora nós temos 150 membros. Naquela época nós tinhamos sonhos e até um objetivo. Chegar no Japão. Agora a gente já chegou. E aí, vamo parar ou o quê?

Ninguém queria parar, é claro. É verdade que eles já tinham chegado no Japão. Eu estava lá quando o Akira falou sobre os garotos que foram mandados por eles em intercâmbio. Agora eles precisam de uma nova meta.

Depois de um bonito e explicativo discurso sobre o que é estratégia (do inglês estrategy, do latim estrategia...), ele distribuiu papéis para votarem em qual seria o próximo objetivo do JuniaKai.E estava lá, com quase unanimidade, colado no armário: "Ser reconhecidos no mundo inteiro! \o/"

Oficialmente, a contagem dos votos seria depois de uma pausa para uma apresentação no palco, então todos começaram a sair. Mas pra quem viu o armário, tava na cara que seria isso.

Eu fiquei sentado ali até todos saírem e só sobrarmos eu e o Akira na sala.

- Ei Akira. Você bota fé nesse negócio de reconhecimento mundial?- Eu só perguntei porque queria saber o que ele iria responder.

- Boto - Ele disse com aquele sorriso japonês (^^) sem pensar duas vezes.

- Mas você tá ligado no tamanho do mundo? Isso vai dar um trabalhão.

- Mas se é mesmo isso que eles querem, com esforço a gente chega lá. Você acha que dá pra conseguir 50 mil reais em cinco meses?

- Dá?

- Foi o que a gente fez pra mandar eles pro Japão... E antes a gente só conseguia 5 mil por ano. Se você quer mesmo uma coisa é só lutar pra conseguir. Vai ser fácil.

Aí eu fui jogar PS3 (Naruto Ninja Storm é muito legal, por sinal). Depois nos juntamos pra terminar a reunião, e todos afirmaram várias vezes seguida que definitivamente era isso que eles queriam, não importasse o tempo e o trabalho que desse.

Eu passei o meu telefone pra eles. Se eles planejam mesmo ser reconhecidos no mundo inteiro, vão precisar de toda a ajuda possível. E eu adoraria fazer parte disso.

11 comentários:

Rafael disse...

"Eu não sei o que eles fazem, conheço só alguns membros e não sabia da existência desse grupo até ontem. Aliás, nem foto deles no Google eu achei. Ninjas..." ... de Nipo pra Ninppo é 2 letrinhas...

nhá... reconhecimento mundial no caso seria o que, exatamente?

Gam disse...

Serem reconhecidos primeiro no Brasil e depois no mundo como um grupo que reúne jovens japoneses.

Eles pretendem contatar escolas aqui e em outros países, além de encontrar os descendentes japoneses que saíram do Japão por causa da crise econômica agora.

E outras coisinhas...

Jean Medeiros disse...

interessante,mas nao lembro de vc ter me falado sobre essa mika

Obs:vc digito reniao em alguma parte do post nao lembro onde

Aline Fraenkel disse...

aah, Gam, que bonitinho vc e a Mika *-*

e é, sou eu que crio aqules textos
por que, são ruins ? ._.

e esse Akira não é o Matheus, é ? o.o

Gam disse...

Que eu saiba o nome dele é Akira mesmo. Mas sei lá.


E Jean, qualquer dia eu te falo sobre ela \o

Gam disse...

Eu procurei renião com o ctrl+f e não achei...

Aline Fraenkel disse...

aah, obrigada *-*

escrever textos gigantes é oque há.
não tem saco pra ler, não leia, RS.
hioaeheioehioa :*

Mái disse...

o.O eu quero ter 17 anos de novo...

=]

Anônimo disse...

você escreveu "destribuir papel" e é distribuir papel xP

Gam disse...

Valeu anonimous man! Corrigido.

E eu tenho 16, Maimai :B~

Aline Fraenkel disse...

Paranapiacaba ? RS
eu lembro o nome do lugar, mas nem lembro sobre essa lenda, EHIOAHIOE

que lenda é essa ? '-'