sexta-feira, 25 de abril de 2008

Meu nome é Hofman. Lucas Hofman.


O local é uma sala da turma de informática no subsolo do Colégio Técnico da Unicamp de Campinas, ou COTUCA.
A sala é composta por uns 40 alunos, entre eles, Lucas Hofman. Lucas passou na seleção do Colégio só para segurar vaga, pois não mostrou as caras em nenhuma aula além da primeira.

Naquela noite o professor fazia a chamada rotineira. Todos da classe já eram habituados com as faltas de Larissa Akemi e Lucas Hofman, ninguém lembrava do rosto deles. Mas ao chegar no nome de Lucas, um garoto de pé no fundo da sala levanta a mão e diz com a voz mais grossa que é capaz:

- Presente.

Eu era esse cara. Eu era Lucas Hofman.

Para entrar na escola é necessária a apresentação de um passe. Até agora todos os passes são provisórios e não possuem foto do seu dono, então Lucas Hofman entrou com o passe originalmente pertencente ao Cox. Com a maior naturalidade o apresentei ao guarda, que me cumprimentou com um sorriso.

No meu antebraço estavam escritas as informações básicas que eu precisava saber. Lembretes sobre a vida de Hofman.
Mas a aula começaria com uma prova, e aquilo seria claramente visto como cola.
Enquanto meus contatos iam para a prova, fui para ao banheiro lavar o braço. Em seguida me dirigi a sala de informática (agora com poucos nerds que por algum motivo não foram para a prova) e verifiquei no mural o Registro do Aluno de Hofman. Eu sabia que aquilo seria essencial.

Já eram 19 horas, a prova estava começando. Foi então que lembrei de algo primordial, eu tinha esquecido qual sala era.
Por meia hora um cabeludo desconhecido rondou o Colégio aparentemente perdido, mas quem foi falar com o moço da recepção não era mais um desconhecido, era Lucas Hofman.
E ele falava olhando diretamente nos olhos do rapaz.

- Oi, tem como você saber a sala da minha prova?
- Como assim?
- Eu sei que tenho uma prova hoje, mas não sei onde é.

- Não é na sua sala?
- Eu sou da informática, as provas são em salas comuns...
- A prova é de quê?
- Não lembro. Não tem como você descobrir a partir do nome da minha sala?
- Não tem.
- Puxa, valeu cara.


Desistindo da prova, fui para a sala de informática. O mesmo grupo ainda estava lá, agora lendo um mangá.

- Opa, fora de aula é liberado o uso do PC?
- É sim. Fica a vontade.

- Beleza, valeu.

Sentei em frente a um dos monitores. Era necessário o log-in. Eu sabia que o usuário era o RA do Hofman, mas não fazia a menor idéia da senha.
Ninguém sabia. Lucas Hofman nunca logou na rede daquela escola.
Tentei Hofman... Senha incorreta.
Eu sabia que isso não me levaria a nada, então levantei a cabeça para pensar em outra coisa pra fazer.
E lá estava.

No quadro branco a frente da sala, em letras vermelhas garrafais:

Prova: Salão Nobre.

Eu saí da sala. Não foi difícil achar a escada, agora eu conhecia a planta da escola.
Subi alguns degraus e abordei um passante.

- Oi, qual é o Salão Nobre?
- É o maior, lá em cima.

- A sala 6, né?
- Isso.


Eu sabia qual era a maior sala, não foi só uma vez que passei em frente a ela. No corredor havia uma cadeira desocupada em frente a uma escrivaninha.

Eu puxei a cadeira pra perto da grande porta fechada da Sala 6 e subi. Pela janela superior tentei encontrar meus contatos, mas a sala era muito grande, e o vidro escuro não ajudou em nada.
Então eu pensei no que Lucas faria... Bom, Lucas não aparecia na escola há 3 meses.
Entrei. Eram 19:30.

- Oi, eu posso fazer a prova atrasado?
Ela me encarou, era claro que ela não me reconhecia. Insisti.

- Tipo, atrasado
mesmo.
- Haha, pode sim. É primeiro semestre?
Depois vim descobrir por quê ela fez essa pergunta. Mas na hora só pensei na data atual.

- Sim, primeiro semestre.

A mulher me entregou a prova. Era essa mesmo. Me virei e vi que meus dois amigos riam e me encaravam enquanto eu me dirigia até uma mesa vazia.

Nome: Lucas Hofman RA: 84013 Disciplina: Técnicas de Programação Turma: Informática Observações: Eu sou um cara muito esperto >B'

1. Seu nome é LUCAS HOFMAN (sou eu!), você nasceu em 1982. Seu cachorro se chama REXÍLIA e é da raça DÁLMATA MESTIÇO.
2. A é 0. B é 5. Deeeer!
3. 2, 0, 0, Lucas Hofman (eu mesmo!).
4. C
(não era de alternativa)
5. Ah, nem tô afim. Eu tô é afim de desenhar!

[Desenho de um mago (que foi posteriormente confundido com um duende) e de um tiranossauro pastoso]
Esse é o Mister Hofman. Esse é um clone mal-sucedido de um extinto tiranossauro. Observe sua textura pastosa. Diga olá ao senhor Hofman.

Obs: A segunda parte da folha de respostas foi rasgada para a produção de um barquinho. =/

O barquinho foi rasgado ao meio. Uma metade nomiei "Tita" e a outra "Nic". Ele foi deixado em cima da mesa.
Ao terminar a prova enchi os espaços em branco com multiplicações de matrizes. Aquilo daria um volume extra e tempo pra fugir quando a professora percebesse o desenho na metade inferior da folha.

Fui até a frente e entreguei.

- Ah, não consegui fazer nada.

Até a porta caminhei normalmente. De lá pra frente corri.
Lá fora fui enturmado, jogamos truco na calçada. As 21:30 começou uma aula de Organização Empresarial. É aqui o começo do post.
O professor era mal falado, mas eu o achei bem simpático. Além de desligado, já que ele nem chegou a notar a súbita presença de Lucas Hofman na sala.

Durante essa aula confirmei meu desfarce enganando outros alunos da sala.

- Opa, qual seu nome?
- Lucas.

- Lucas Hofman!?
- Isso.

- Caraca, você nunca veio pra aula, né?

- Pois é, só vim na primeira e hoje...

- Por quê!?
- Ah, nem tava afim.

- Mas agora vai vir sempre?

- Talvez. Se eu achar a matéria muito foda nem vou.

Então um dos meus novos amigos se adianta.

- Cara, ele deitou nessa prova!

- Sério!?

- É, esse aí é um Deus no Turbo Delphi!

- Porra!!!!

- Co-criador da parada!


- Sério que você deitou, Lucas?
- Ah, nem tanto... Eu errei algumas coisas.
- Mas você manja mesmo? Aprendeu onde?
- Eu tenho um primo...


O resto da noite foi tranqüila.

Esse foi meu dia como Lucas Hofman. Acho que ele nunca vai receber sua prova zerada, então tenho a mente tranqüila.



Como vêem, eu não tinha muitas opções de imagens pra esse post. Mas espero que só a história já tenha bastado para satisfazê-los. C:

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Sorte de hoje: A sociedade prepara o crime. O criminoso o comete.



O papo:
"Roubar uma balinha não vai fazer diferença.", eles dizem. "Eles nem vão notar", eles dizem. Mas roubo é imoral! Um roubo leva a outro e logo você vai estar roubando carros pra ir pro mercado. Criminosos devem ser assassinados, paz a este país!

A verdade:
Roubar uma balinha não vai fazer diferença. Eles nem vão notar.
Talvez seja a primeira vez que você vê por esse lado, mas é a pura verdade.
O problema é que, se a sociedade disser isso todo mundo vai sair roubando balinha, aí vão notar.
Contanto que só um ou outro pegue a balinha, a vida continua pra todos os lados. Sem frescura.

E a pobre sociedade tem que seguir dramatizando se quiser uma galera minimamente educada.


Quem me conhece sabe que sou bem prático e realista. Pois digo-lhes que roubo é algo totalmente viável, se justificado.
Começando pela rapaziada morrendo de fome. Se tem uma coisa que me revolta é o cara que "não dá moedinha por que eles vão comprar drogas". CARA, É CLARO QUE ELES VÃO COMPRAR DROGAS!
Esqueça um pouco as moralidades dogmáticas que você aprendeu e nunca se perguntou de onde vieram e me diz aí o que vale mais a pena:
Um pão francês seco que te satisfaz por alguns minutos ou uma pedra de crack que te satisfaz por uma hora?

Aliás, como é que eles vão arranjar comida se o cara não dá moeda?
Não custa nada dar uma moeda pro mentecapto do farol, cáspita! Você diz que já ajuda ele pagando imposto ao mesmo tempo que diz que impostos são usados pra comprar vestidos e putas caras pra corruptos. E aí, como é que fica?
O descamisado tá pouco se fodendo pra política corrupta, ele mal tem grana pra puxar o fumo do dia.

Aí os caras resolvem mostrar algum serviço (mesmo que mal feito, mas eles não foram treinados) lavando o vidro do carro em tempo recorde (o tempo do sinal). E tem neguinho que reclama! Acha uma pouca vergonha o muleque arranhar o vidro do carro dele quando ele quer ir pro trabalho. Dá uma moeda antes, então!

Por isso eu tô aqui dando um puta incentivo pro cara ir lá e roubar uma velhinha rica, tá ligado?


Outro roubo insignificante é o da própria balinha. Um pirralho (veja bem, esse nem precisa ser pobre) que não ganhou a bala da mãe vai lá e mete no bolso. Desde que isso o persiga pro resto da semana e ele aprenda alguma coisa dessa experiência, tá valendo! Por outro lado, um marmanjo não tem a menor justificativa pra roubar balinha. Não custa quase nada tomar vergonha na cara e ceder uma moeda pelo doce. Pode até ser aquela moeda que ele negou pro sem-teto, que tal?


Indo um pouco mais a fundo nos roubos insignificantes, vemos o adolescente ridículo que rouba pra se aparecer pros seus amigos (e principalmente amigas) também rebeldes.
Já repararam que eu tenho algo contra adolescentes estereotipados? Pois é.
Por algum motivo não consigo conceber a idéia de um muleque já crescido roubando um CD ou revista. Imaginem por quê.

Resumindo alguns outros quesitos do assunto:
Roubo de carro, só pra fuga.
Assalto a banco, só pra saldar uma dívida com algum mafioso mal encarado.
Ladrão que rouba ladrão, totalmente justo.
Roubo de qualquer coisa sob vigilância máxima, se deu certo é porque você foi muito estiloso. Tu merece. (Aqui seguimos a mesma lógica de hackers que invadem sistemas impossíveis pelo prazer de invadir sistemas impossívels)





Algo legal de deixar pro fim são as palavras do grande professor Panosso. "Quando o cara faz uma coisa bem errada, ele sempre conta pra alguém."

Eu tentei encontrar uma imagem de um muleque rico roubando e uma de um mendigo de semáforo, mas não achei. Nem procurei direito, na verdade...

E gente, deixo aqui minha apreciação pelos comentários do post anterior. Show de bola!
Não só pela quantidade, mas conteúdo também.

sábado, 19 de abril de 2008

Tira essa roupa preta que tu ainda é muleque!

Postando de uma Lan House de Volta Redonda - RJ
Antes de começar, me sinto obrigado a ressaltar que o povo daqui tem um gosto musical medíocre.

Mas, retomando a compostura... Estejam avisados que esse post é uma bagunça de imagens e pensamentos aleatórios sobre o mesmo assunto. Não é nada bonitinho, mas talvez dê no que pensar.


Vocês lembram da sua infância? Isso só vale pra quem teve uma decente.
Eu lembro da minha, acho que seria capaz de escrever altos posts sobre as histórias divertidas de quando eu era criança. Talvez eu até faça isso algum dia.

Esse post não é pra mim lembrar dos meus ótimos tempos infantis, mas pra comparar a infância de antigamente com a atual.




A galerinha universitária deve lembrar de Balão Mágico, Jaspion, Shurato, Dragon Ball e Cavaleiros, acertei?





O povo da minha idade deve lembrar de Disney, Medabots, Chiquititas, Bey Blade, Xuxa com menos de 50 anos, Dragon Ball, Pokemon, Kinder Ovo... Eu lembro.


A velharada deve se orgulhar de ter jogado Atari e Mame32, acredito.



A criançada um pouco mais nova que eu é do tempo da Pixar e Xuxa pós 50.







Mas e essa pirralhada de hoje em dia? Cacete, eu vejo criança rebolando na esquina ao som dessas promíscuas de sucesso. Pouco importa se a música ruim é brasileira ou não, não deveriam deixar criança ouvindo isso!

Muleque de 7 anos com fantasia militar e pistolinha de chumbinho tocando o terror na padaria! Mano, se eu pego esse pirralho algum dia...

Hoje eu sento num banco do pátio da escola e vejo muleques com metade da minha idade que conhecem o dobro de palavrões que eu. E, imagine só, eles marcam briga de gangue! BRIGA DE GANGUE, puta que pariu!



Claro que há excessões. Eu mesmo posso apontar uma criançada que sabe o que é ser criança e vai poder dizer "Ah, no meu tempo...".
Mas e esses pseudoplayboys que nem pinto tem ainda!? Mano, ninguém se preocupa em dar uma infância pra maioria da criançada por aí?

ONDE FOI PARAR A CENSURA!?!?!

Presta atenção, a Kelly Key foi considerada um puta sucesso infantil! E CS, então? Tem pivete por aí que joga CS melhor que eu! Não que eu seja um grande jogador, mas isso é sacanagem.


Se algum de vocês tem ou tiver um filho, por favor, lembre-se disso.Ah, que orgulho que eu tenho de dizer que sou do tempo da primeira geração Power Ranger...

domingo, 13 de abril de 2008

O que você quer ser quando crescer?

Pra começar, obrigado a todos que mandaram oi pra Gica.

Hoje foi o dia do churrascão no clube do Danilo. Coisa fina!
Brincamos de "Esconde-esconde Lata de Sardinha" (que eu ainda acho que deve ter um nome menor), tivemos uma alucinante perseguição que terminou num montinho no aniversariante, eu joguei futebol pakarai (isso foi uma piada)...

Mas se tem uma coisa que merece nota, é o Porco valendo linguíça na coca.
Agora, a explicação.

Porco se trata de um jogo de baralho cujas regras são irrelevantes agora.
O combinado era que, quem perdesse uma rodada, teria que sofrer.

Em conjunto, tivemos a criativa idéia de encher um copo de coca-cola, diluir um naco de gordura e jogar três pedaços de linguíça dentro.
Os três primeiros perdedores comeriam as linguíças, o último beberia a coca com gordura.
Aquilo foi asqueroso, mas muito emocionante... Eu e mais dois conseguimos sair invictos.

Aos interessados, a irmã do Danilo comeu duas linguíças, o Blaze comeu outra e o Marmota foi obrigado a beber a coca.Agora, vamos a parte um pouco mais construtiva do post. O assunto escolhido surgiu de um papo com a Kami e é fácil descobrir qual é. (dica: tá no título)

Até aprender a falar, eu tava pouco me fodendo para o quê eu seria quando crescesse. Quando aprendi, começaram a perguntar toda hora (mais ou menos com a mesma frequência que fazem palestras de sexo e drogas agora). Aí eu tive que escolher, né?


Quis ser paraquedista.

A mágica de saltar de alturas inimagináveis, se manter em queda livre por momentos infinitos e puxar uma corda que separa a vida da morte! Para então descer em velocidade reduzida apreciando o vento e a vista.


Aí me disseram que isso não é um emprego. Eu não fiquei decepcionado, não sou assim tão fraco. Só me conformei com o fato de que um dia, quando eu tivesse dinheiro, ainda faria isso.
Mas esqueci de pensar em algo que desse dinheiro.

Hoje, quando alguém me pergunta o que eu quero da vida (repare que eu já cresci), digo que farei algo em Computação.
Todas as profissões tem algum ponto que eu não gosto.
Aqui vão algumas das que eu já cogitei.





Médico: Não quero trabalhar com gente morrendo. E ser médico sem ver gente morrendo não tem graça.













Advogado: Jogar fora todos os meus princípios e vasculhar cada bug na lei para salvar a vida de qualquer um que venha me pagar. Não.






Militar: Esforço físico, gente grossa dando ordens lazarentas... Guerra, morte. Nem.


















Professor: Foda-se a humildade, eu seria um professor e tanto. Mas não faz meu tipo, por algum motivo eu sei que não me daria bem com essa vida.













Matador de Aluguel: Minha capacidade de manter a calma é respeitável e o pagamento é bom. Mas trabalhar fora da lei é muito arriscado...











Dono de lan-house: Quase perfeito, mas o lucro não vale a pena e a companhia é um tanto fedorenta.






Policial/detetive: Mira considerável, novamente a tal calma... Mas é muita responsabilidade, além do risco de vida elevado.








E por quê eu escolhi trabalhar com computação? Simples, não tem contra nenhum. Eu posso levar o trabalho pra casa, ganho um salário gostoso e não corro riscos. A única chatice é a parte de "trabalhar", mas isso seria inevitável de qualquer jeito.

Claro que a vida seria monótona, mas se o tal salário gostoso realmente se efetivar, eu posso viajar por aí, me divertir a beça e comprar um bendito video-game de última geração. Olha que máximo!


E aí, o que é que tu quer da vida?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Muito bom! Mas falta melhorar... Continue escrevendo!

Postando diretamente da escola.
Minha irmã tinha que vir três horas mais cedo pra cá hoje e eu fui arrastado junto pra não ter que fazer duas viagens...

Então, cá estou no impecavelmente limpo e condicionado laboratório de informática. Não fosse pelos infinitos esforços da dona Fuvieta (e não podemos esquecer seu fiel parceiro, Japa Fúvio) para impedir terminantemente a entrada de alimentos, bebidas, drogas e lixo atômico aqui, eu não estaria em tão alto conforto. O teclado aqui consegue ser mais afundado que o de casa, mas dá pro gasto.


Agora, vamos aos assuntos...
Ultimamente tenho ido ao cinema toda Quarta!
A meia entrada no Dom Pedrão tá só cinco reais nesse dia. A gente junta uma party de três infelizes e vaza logo depois da escola.

Até agora já vi 10.000 A.C. e Jumper. Deixa eu dar minha breve opinião pessoal sobre eles.




A história se baseia num rapaz de uma tribo atrasada que tá destinado a comer uma menina de olho azul, juntar um exército e combater o chefão do mal.



Agora, imagine o filme 300 de Esparta, só que mais tr00.
Ao invés de homens de tanguinhas, aqui são homens sujos de tanguinhas sujas.
Ao invés de uma história épica sobre homens bombados e brancos, aqui são homens bombados, magrelos e pretos. (repare que não tenho a menor viadagem de chamar preto de negro. Acostume-se)

E tem mais! A PORRA DO PROTAGONISTA ACERTA A PORRA DA LANÇA EM SLOW MOTION! É, lembra aquela parte em que o Leonidas faz puta ceninha épica e só consegue arrancar o brinquinho do nosso brasileirão? Então, esse protagonista (cujo nome eu não lembro) vara orgasmicamente o chefão, o que preencheu o imenso vazio que ficou quando o Leonidas errou a dele.

Repare que em momento algum eu tiro créditos de 300, que é até mais legal que 10.000. Mas é sempre bom deixar claro os pontos fortes.

Aliás, o tigre dente-se-sabre só aparece duas vezes na história, apesar de ser o símbolo master do filme e tudo o mais...


Algumas pessoas ao redor do mundo tem o poder inexplicável de se teleportar pra onde quiser. Uma organização secreta tem uma razão inexplicável para caçar essas pessoas.

A idéia é boa, os efeitos especiais são bons... Mas o enredo e os personagens são uma bosta. Sério, chega a dar raiva.
O filme só valeu a pena por causa das cenas de luta. Teleportes inconsequentes e ilimitados dão todo um novo horizonte a uma pancadaria convencional.

Se voce tiver uma internet razoável, vale a pena baixar o filme e assistir em casa.

Uhul, agora fui forçadamente migrado pra Biblioteca. O teclado daqui é bem melhor...

Mudando de assunto, você acredita em pré-destinação? Aqui no Integral isso é bem comum.
No dia de seu nascimento, cada criança é marcada para sempre com um número de 0 a 10. O meu é 6,5.
A partir do dia do nascimento, esse número irá perseguir a criança pro resto da vida. Todas as suas redações virão com essa nota (margem de erro de até 1 ponto é aceitável). Não importa o corretor, o professor ou quem escreveu a redação pra você. A nota sempre será a mesma.
Todo e qualquer coleguinha de classe meu vai concordar com isso se você perguntar.
O legal é que, após descobrir esse segredo, a aula de Redação não é mais a maldição que parecia. Você pode relaxar, dormir ou até escrever só uma frase na sua folha. Afinal, você já sabe a nota. E não falha quase nunca.

Ainda bem que a média por aqui é 6...


Sinto que tinha algum ou outro assunto legal pra postar e divertí-los, mas nada me ocorre agora. É bom porque sobra assunto pra outros posts.

Antes que eu esqueça, a Gica mandou um oi! Quero todo mundo falando oi pra Gica.

domingo, 6 de abril de 2008

Let's see how good you really are.

Caso você não tenha lido meu post anterior, ontem eu fui com o Cox me aventurar no M. Play (casa de fliperama) do Campinas Shopping.
É, ele foi pumpar. Eu não. Esse negócio de pisar em setinhas na velocidade da luz nunca me atraiu, por algum motivo.

Pra variar, aquela otakada toda ficou aglomerada no Pump o dia inteiro. Mas eu, em minha eterna superioridade, me dirigi aos jogos de tiro.

Pois então, SE VOCÊ ALGUM DIA FOR AO M. PLAY DO CAMPINAS SHOPPING, NÃO ESQUEÇA DE CONFERIR MEU NOME ETERNIZADO NO JOGO HOUSE OF THE DEAD. Sim, eu entrei no ranking. E isso é mágico.

Mas o post é sobre a Prova Geral.

E a pergunta básica: O que diabos é a Prova Geral?

É uma prova do tipo teste (alternativas, sabe?) envolvendo todas as matérias... Ocorre todo o bimestre na minha escola, a sua pontuação lhe dá bônus na nota bimestral e não é de caráter obrigatório. Eles dizem que serve pra te preparar pros vestibulares por aí.

Parece simples, né? Agora vamos conhecê-la por outro ponto-de-vista, o dos alunos.

A notícia.

"Caralho, tem PG Sábado que vem!"
Todo aluno que se preze do Integral já disse isso. A notícia da iminente PG sempre vem de um amigo preocupado com a sua saúde ou de uma conversa alheia. A data tá no calendário escolar, mas cara... Só os outros vêem o calendário escolar. Você não vê.

Ninguém estuda pra PG, mas é sempre bom saber com antecedência o dia em que você vai acordar as 7 da manhã pra fazer uma prova de 80 questões.

Os estudos.

Como eu disse, ninguém estuda pra PG.

A sexta pré-PG

Sabe aquela sensação gostosa de "Uiuiui, hoje é sexta. Vou dormir as 5 e acordar as 5. Puxa, eu espero por isso durante a semana inteira!"?

Pois então, ela é substituída por "Puta que o pariu, vou acordar as 7 da manhã pra fazer uma prova de 80 questões."
Afinal, encare os fatos. Por mais que não seja de caráter obrigatório, a chance de conseguir bonificação grátis em suas notas é indispensável. E você vai acordar as 7 da manhã pra fazer uma prova de 80 questões, querendo ou não.

A sua semana é arruinada e você tem que arranjar algo decente pra fazer no fim-de-semana, ou ele vai junto. PG mata, compadre.

No fim da aula algum funcionário high-level da escola vem te avisar que amanhã tem PG. (Entenda funcionário high-level por diretora, orientadora ou monitora-chefe.)


Ou seja. Nada de MSN e Orkut até altas horas pra você, campeão. Amanhã você vai acordar as 7 da manhã pra fazer uma prova de 80 questões.

Sábado PG.

Sim, eu sei que os orgulhosos alunos que estudam de manhã vão se levantar orgulhosamente e gritar orgulhosamente "EU ESTOU ACOSTUMADO A LEVANTAR CEDO". E depois dizer "ESTUDAR DE MANHÃ É LEGAL PORQUE EU TENHO A TARDE INTEIRA PRA DORMIR FAZER O QUE EU QUISER!".
Foda-se, amigão. Não importa de que planeta você é, ninguém em sã consciência quer acordar cedo no Sábado.

E é justamente isso que você vai fazer no dia da PG. Engula um copão de café concentrado, você tem quatro horas de testes de conhecimento pela frente!

Quando chegar na escola, meninas protejam a retaguarda.
As listas de alunos e suas respectivas salas de PG ficam agrupadas num canto do mural do pátio e um ENORME BOLO DE GENTE se junta lá. Seja pra ver em que sala você deve fazer a prova, seja pra perder a virgindade, o bolinho de "ver a sala" é um barato.

Hora da fungada.

Vá a sua sala, encontre uma carteira e diga adeus a sua BIC. Essa é a parte mais fácil da PG, a prova em si. Não tô dizendo que a prova é fácil (não é), mas comparado a tudo o que você já passou, tá ótimo.

Ou estaria. Se você queria paz na hora de responder suas 80 questões, tomaste um nabo. Na sexta-feira a noite, quando todos estão repousando para uma emocionante batalha pela bonificação no dia seguinte, algo ou alguém atravessa a cidade com sua nuvem tóxica destribuindo catarro nos narizes de alunos incautos.

Uma sala de Prova Geral é o local mais infectado que eu já vi ao vivo em toda a minha vida. A quantidade de fungadas por minuto é incauculável (digo, se você parar pra calcular, vai perder a prova).

Mas isso não é nada, o pior mesmo é quando você é um dos doentes. Fazer uma prova desse tamanho com o nariz escorrendo é o inferno.

Matemática, Química, Física, Biologia, História, Geografia...

Dadas as matrizes A e At, sendo que Aij = 15i³-j se i+j for igual ou diferente de 2938, descubra a determinante de At oposta.

O lanosterol é um intermediário na biossíntese do colesterol, um importante precursor de hormônios huhmanos e constituinte vital de membranas celulares. Quais são, respectivamente, os números de carbono terciários e quaternários saturados existetes na molécula do lanosterol?


Determine a quantidade de calor, em calorias, que devemos fornecer a um cubo de gelo de 10g de massa inicialmente a -20 ºC para transformá-lo em água a 40 ºC. Identifique a curva do aquecimento do processo, colocando no eixo das ordenadas a temperatura em Celsius e no eixo das abscissas a quantidade de calor, em kcal.

Desenvolva a cura da Aids.

Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução Francesa, que:


União Européia, Nafta, Mercosul, Apec etc. Em todo o mundo estão em andamento processos de formação de grandes blocos comerciais. Justifique esse fato com base na realidade econômica do mundo atual.
Acho que já deixei bem claro meu ponto quanto a essa parte...

Fim de prova.
Depois de quatro horas de sufoco, sendo durante duas dessas terminantemente proibido ir ao banheiro, você terminou a Prova Geral. Entregue o gabarito (tenha certeza de não errar nada, ou terá que preencher 80 quadradinhos de novo), guarde a caneta e saia. O ar lá fora não tem vírus (nem matrizes, nem newtons), deixe seu traseiro adquirir a forma original e divirta-se socando os outros com as suas 5 ou 6 folhas de prova enroladas.

O ideal agora é não ir pra casa, mas pra casa de outra pessoa ou ao shopping. A sensação de liberdade é indescritível.


Parabéns, você sobreviveu a mais uma PG. Até o próximo bimestre!

Integral. Ensino forte, gente saudável.

sábado, 5 de abril de 2008

Lol, rox, XD!


Vou passar o fim-de-semana na casa do Cox, só passei pra deixar esse causo:


Agora há pouco eu tava aqui retocando os "XD" do All Star do dito cujo pra ele ficar arrumado pra pumpar no Campinas Shopping.

Onde o mundo vai parar?



Próximo post: Prova Geral, a saga

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Paranoia Agent

"Parece o de uma pessoa que tenta desvendar os mistérios da paranóia e se afunda nela até ficar de fato paranóico. Nesse caso, sobram-lhe apenas duas opções: Entender tudo como um ciclo interminável ou morrer tentando explicar que a vida não se trata de um ciclo.
Seria como se alguém propusesse uma questão a qual você pudesse responder com uma resposta que traria duas novas perguntas. Porém, só seria possível responder as duas novas questões com respostas que trouxessem quatro novas perguntas. Isso traria uma equação infinita, assim como é descobrir o valor exato do Pi.
Existe um momento em que você quer pedir ajuda para encontrar a solução, mas você está tão avançado em seus cálculos que vocÊ não pode introduzir a questão para quem vai te ajudar. Você tem que explicar tudo para ela já do meio do caminho. Ela, sem entender nada, te achará paranóico. Nesse momento, ou você aceita a sua paranóia ou tenta provar que não está paranóico e continua tentando resolver a equação, tornando-se mais paranóico ainda. Logo, o ciclo é inevitável. Toda vez que encontrarmos uma nova resposta para elucidar questão, seremos levados em direção à novas perguntas."
??? - Alguém da comunidade "Paranoia Agent", Orkut.