quarta-feira, 31 de março de 2010

Oh, watch out strange kind people! Little red rooster is on the prowl

Rei Dourado, o último dos moicanos, venceu. Agora ele irá estabelecer o Quarto Reich e dominará a todos nós, meros desafortunados genéticos, com seu poder absoluto superior. Yey!

Sim, eu estava torcendo pro Dourado. Mas só porque isso não vale nada. Esse reality show que começa a partir de nada e termina indo pra porcaria nenhuma não tem nenhuma utilidade real, exceto encher ainda mais os bolsos da Globo. Por isso posso me dar ao luxo de torcer para o lado mais divertido.

Mas é claro que eu não votaria para o grande Dourado para presidência ou sequer pra vice-chefe do clube do Bolinha. Ele é o tipo de homem que se enquadra perfeitamente no perfil do estereótipo que batizei carinhosamente de "homem-macaco" ou "símio-alpha".

Um símio-alpha é, infelizmente, o manda-chuva da parada. Durante a maior parte de sua vida, o homem-macaco exercitou seu físico, de forma que nenhum outro macho infeliz venha clamar por seus domínios. Apesar de todo o blablablá e das várias falsas ideologias que assolam nosso ingênuo mundo contemporâneo, o homem-macaco sabe que, no fim das contas, o que contam são os músculos.
Os músculos lhe trarão a glória, o poder e as mulheres. Admitam elas ou não.
Durante a outra parte de sua vida (a menor), ele procurou por uma ideologia. Qualquer espécie de pensamento hierárquico onde seus músculos serão não só filosófica, mas oficialmente úteis.

Há exceções, mas a grande maioria está em bandos como skinheads, militares, policiais e faixas pretas de artes marciais diversas. Não é difícil encontrar um primata disfarçado de homem tocando moral com sua falsa cabeça-fria e seus padrões estéticos primordiais.
Pique "Eu não gosto de brigar, mas ontem quebrei cinco caras na balada porque eles tavam usando a mesma camisa que o meu brother."

Mais que uma fase ou moda recente, ser um símio-alpha é um estilo de vida. E, por mais que nós encontremos discrepâncias ou nos revoltemos com seu modo estúpido e primata de pensar, temos que admitir que é um estilo que funciona muito bem.
Chefe Dourado está em casa com um milhão e meio de reais entregues alegremente pelo povo brasileiro.

Funcionar, funciona. Só não é pra mim.

domingo, 28 de março de 2010

There ain't nothing but my troubles

A mente humana é muito interessante porque está sempre evoluindo, né?
Você vai lá, aprende uma parada, continua vivendo e pá... E de repente você pensa "Putz, que parada legal essa que eu faço. Quando foi que eu aprendi isso, afinal?", mas nunca lembra porque foi tão automático e, as vezes, paulatino, que não deu pra notar.

Pois é, hoje reparei que recentemente aprendi a falar tchau para mulheres no MSN. Pourra, mulher é um bicho tão esquisito que até pra falar tchau tem uma sutil burocracia.
Quando eu era muleque e não sabia exatamente como lhedar com elas (como se soubesse agora), eu falava tchau como se fala tchau pra qualquer xarope, né.

"Flwz!1!"

Aí eu fui crescendo (intelectualmente falando) e percebi, pasme você, que só falar tchau como qualquer xarope não tem o menor charme. Passei a mandar beijos. Nada comprometedor, claro. Mandar beijos é a coisa mais e comum do mundo.

Aí que entra uma complicação que iniciou-se na minha época otaku (convenhamos, é bem claro que eu tive uma). O uso de emoticons.
Para mandar um beijo de despedida para uma mulher sem emoticon, é muito fácil. "Beijo" ou "Beijos!" dependendo do nível de comprometimento.
Mas quando você usa emoticon pra tudo, é óbvio que deve-se usar para se despedir também. Aí fodeu.
Entra a tal questão: Quantos asteriscos eu devo usar?

A Kami, que por sinal veio falar comigo hoje, é uma moça com quem eu sempre me dei muito bem. Com ela era altamente normal eu utilizar três asteriscos e nada mais, nada menos. E nunca tive problema com isso.
Mas agora fico pensando que talvez eu devesse usar menos asteriscos.
As vezes Kami utilizava três. Aliás, foi ela a primeira a usar três, então me senti a vontade para usar três também. Em dias de maior afeto, chegava a usar mais de dez. Mas tinha vezes que ela usava dois, um ou nenhum.

Resolvi isso de uma forma simples. Utilizava um asterisco para uma menina que eu havia acabado de conhecer, dois para uma mais íntima e três em raríssimos momentos.
Hoje sei que esse não é o melhor método.

O melhor método, na verdade, é muito simples. Nunca mande mais asteriscos do que receber.
E que isso sirva como uma lição pra vida inteira.