quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ignore them tonight and you'll be alright

Já disse mais de uma vez que adoro observar pessoas. Que acho cada uma absolutamente fantástica e coisa e tal. Bom, recentemente eu tenho elaborado na minha enorme cabeça uma teoria esquisita...
Tem gente que curte problema. Digo, tem gente que curte resolver problemas, mas esse é outro tipo de gente. Tem gente que curte assistir o circo pegar fogo, mas esse também é outro tipo. A gente que eu tô falando agora é gente que literalmente curte fazer parte de um problema. Seja de sua autoria ou não, o importante é estar bem no meio.

Numa hora tá tudo bem, funcionando as mil maravilhas, e de repente uma pessoa desse tipo se entedia e elabora um gordo e engenhoso problema pra jogar na cabeça de alguém. Ou na própria, em muitos casos.

Tem gente que cria problema pros outros porque acha que eles merecem. E muitas vezes merecem mesmo. Tem gente que cria problemas pra si próprio como uma forma de auto-punição. Porém essa gente que eu tô falando agora se encaixa em ambos os casos e em mais um, o de criar problemas pra sair do marasmo.

E não é como se eles fossem masoquistas e se sentissem bem com a merda rolando. Os problemas são desagradáveis e inconvenientes pra eles como para qualquer outro. Aí é que está a descrepância. O que diabos leva alguém a ser tão problemático?

Acreditando na teoria do Ying Yang, em que tudo naturalmente entra em equilíbrio, essas pessoas são ferramentas usadas pra nunca deixar as coisas caminharem muito bem, e só.
Mas não sendo tão conspiratório, talvez tenha uma explicação mais básica.

Talvez eles se sintam satisfeitos se alimentando de auto-piedade. "Ah, olha só que problemão na minha vida. Puxa, eu sou uma vítima. Puxa, pobre de mim. Agora serei um mártir pra mim mesmo." Vai saber!

Já imaginei que talvez essas pessoas tenham tido uma infância absolutamente problemática e por isso se acostumaram com problemas e se sentem a vontade no meio deles. Mas depois lembrei que uma delas teve uma infância super de boa e mesmo assim é do tipo problemática, por isso logo descartei esse motivo.

Aliás, acho que as pessoas que adoram reclamar também entram nessa categoria, encaixando-se muito bem.

E o pior, ultimamente pensando nisso eu estou lentamente caminhando para a conclusão master:
Talvez todo mundo seja assim. Só que alguns mais que outros e outros bem mais que esses.


Agora, mudando de assunto...



Dia desses me peguei pensando em cavalos-marinhos. Quem é que lembra dos cavalos-marinhos? Criaturas absolutamente esquisitas, feias e bonitas. Os machos que ficam prenhos... Eles nadam na vertical... Puta negada absurda.
Quando criança eu aceitava a existência deles como aceitava a de uma minhoca ou um cachorro, mas pensando agora vejo como são esquisitos. Talvez mais que os ornitorrincos. Pobres e injustiçados ornitorrincos...


Bom, é só isso. Certas coisas a gente pensa e tem que registrar em algum lugar antes que se percam pra sempre. É pra isso que servem vários blogs, né?
Quanto a SW, já tenho coisas planejadas e tal. Só falta-me tempo n_n

domingo, 9 de agosto de 2009

Lalala, lalalala lalalalalaaa... lalala, lalalalala lala...

Vai aí um texto random e despropositado que eu etava usando de perfil do Orkut e fiquei com dó de mandar para o esquecimento completo:





Se fosse pra mim ser um personagem de filme, eu com certeza seria o extra que morre. As vezes eu acho isso um tanto pretencioso da minha parte e me pergunto se eu não deveria ser mais humilde e ser o extra que não morre... mas sei lá, eu me identifico com o que morre. Não que eu já tenha morrido antes. É mais por toda a mística por trás do barato.

Extras que morrem levam o serviço muito a sério, sabe.
Pode ser um sacrifício pelo bem geral da nação, uma morte estilosa ou uma morte sem querer. O importante é o profissionalismo.

Um extra que morre tem que se preocupar em chamar alguma atenção, só o bastante para dar um toque a mais pro filme. Porém ele nunca deve chamar atenção demais a ponto de ser mais lembrado que o protagonista, seja lá quem for. É preciso muita dedicação, prática e bom senso.

O extra que morre é tipo aquele cowboy de filmes de western que fica seguindo os outros o filme inteiro com uma palhinha na boca e na batalha final saca duas pistolas pra fazer um estrago e, impreterivelmente, morrer. Mas ele nem precisa ser tão estiloso assim.
O extra que morre pode ser aquela mãe fedorenta que abraça o filho com todas as forças numa fútil tentativa de protegê-lo enquanto ambos são triturados por robôs carniceiros do futuro.

E esse tipo de extra é muito diferente do extra sábio. Dumbledoure, Gandalf, tio do Homem-Aranha... Essa galera toda também é muito legal, mas mesmo que morra é um naipe totalmente diferente de extra.

Veja bem, é uma posição totalmente diferente do extra de fundo. Aquela gentalha que geralmente anda em bandos e fica morrendo sem mais nem menos a ponto de não causar qualquer comoção aos espectadores. Não, esses são outra laia. Um extra que morre tem que deixar a sua marca.

Também são diferentes dos extras que não morrem. O delegado velhote que saca uma espingarda para proteger a namorada gostosa do protagonista e, contra todas as expectativas, consegue fazer isso, é um extra que não morre. Esse cara vê o final feliz, acompanha o protagonista na volta da vitória e é lembrado pelas pessoas que tão saindo do cinema.

O extra que morre tem que morrer, cáspita.

É complicado ser um cabra que nunca vai ver o final feliz, já que se morre no meio pro fim. Se trata de um serviço pra machões. Gente de fibra.
São pessoas treinadas duramente desde o nascimento para seguirem todos os bons ideais contra qualquer expectativa adversa e, pasme você, morrer. Eles estão cientes de que não vão ganhar nada com isso, de que não vão ser tão úteis quanto se estivessem vivos e de que ninguém, absolutamente ninguém, vai sequer lembrar o nome deles quando estiver conversando sobre o filme depois... Mas é um serviço que alguém tem que fazer.