quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

"Eu não sou nerd, caralho!"

PRIMEIRO CAPÍTULO MOVIDO PARA ESTE POST, LOGO EM SEGUIDA AO PRÓLOGO.





Primeiro capítulo aí, galerê! Apresentando alguns personagens e pá.
Eu sei que não é do meu feitio postar um dia depois do outro, mas foi ótima a aceitação do prólogo e, como a estória se passa em véspera de ano novo, eu achei apropriado postar tipo, hoje, em véspera de ano novo.

Feliz ano novo aí, então!



Ah, e eu fiz uma área com a estória completa. Tá ali do lado! Assim quem for ler não precisa ficar procurando e pá...
E tirei a estória das postagens normais, pra não perder a graça de um possível leitor novo. Sabe como é.

Sempre que tiver um capítulo novo eu deixo aqui o link pro post definitivo da estória avisando, que tal? E quem quiser comentar pode ser onde quiser que eu vou ler. x)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"Era preciso exilá-los."

PRÓLOGO MOVIDO PARA ESTE POST




Esse é o primeiro capítulo prólogo! =D

Gente, eu lembrei de onde eu tirei a história do capeta do post anterior. Em seguida o Havoc veio me falar que não tinha nada a ver o que eu escrevi ali, e eu li e vi que não tinha mesmo.
Editei aquele pedaço e coloquei uma cópia fiel de onde eu tirei a informação.
Não que seja importante, mas eu não quero passar informação errada pra ninguém D:

sábado, 27 de dezembro de 2008

You got to MOVE IT

O último post deu muito certo, eu realmente consegui esclarecer melhor minha visão das coisas e evitar conclusões erradas.

Tá certo que eu fui impiedosamente acusado de capitalista, mas disso tratarei depois.
Não que eu não seja capitalista, hohoho. Adoro o capitalismo. Eu só quero entender qual o sentido dessa descabida acusação...

O Jean, apesar de todo o perigo que apresenta, tocou num assunto interessante nos últimos comentários. Ele disse que não existe inferno. Disse também que existe vida em vários outros planetas, mas se ele ta falando de micróbios eu realmente não me interesso.
Poissim, isso me fez lembrar de um fato extremamente bacana que eu li em algum lugar.

Lúcifer é o nome bíblico do diabo

Errado. Pra começar, “Lúcifer” jamais apareceu nos pergaminhos originais que o Concílio de Nicéia transformou na bíblia atual; a palavra apareceu pela primeira vez na Vulgata, a bíblia em língua latina. Lúcifer é a tradução em latim pro termo que significa simplesmente “o que trás a luz”. Esse termo é usado apenas duas vezes na bíblia - pra descrever o rei da Babilônia, e - PASMEM! - se referindo a Jesus, no livro de II Pedro.

Yep, isso mesmo - o apóstolo Paulo (autor da epístola a Pedro) usou o termo “Lúcifer” pra se referir a Jesus. Aposto que seus amigos evangélicos não sabiam disso.

(O texto, caso estejam curiosos, é II Pedro 1:19)

O nome se tornou associado à figura do inimigo divino graças a interpretação católica de que o texto em Isaías 14 (o profeta se dirigia ao rei babilônico, alertando-o que sua soberba e aspiração por suposta divinidade o faria pagar muito caro em breve) era uma alegoria sobre um anjo que se rebelou contra Deus e caiu do céu.

Entretanto, a tal história do anjo revoltado não aparece em lugar ALGUM na bíblia. O texto se referia claramente ao tal rei. Chocante, né?

O fato de que o termo foi utilizado na bíblia apenas pra se referir a um rei e, mais tarde, a Jesus, leva muitos teólogos a acreditar que a figura do diabo tal qual conhecemos foi criada pela Igreja Católica pra tornar seu credo mais similar a outras religiões, em que o foco não é na salvação humana, e sim na eterna luta do bem contra o mal.

De repente o Padre Quevedo (e sua icônica insistência na não-existência de Satanás) não parece mais tão estranho.

As outras aparições do diabo na bíblia são igualmente vagas. A serpente do Éden nunca é identificada como Satanás, apenas como uma serpente com pernas. O mesmo vale pro personagem que debateu com Deus a respeito da virtude de Jó. O termo usado no texto original pra descrever o sujeito foi “andarilho”.

A mitologia judaica que forma o Antigo Testamento, por mais que os cristãos tentem negar, mostra indícios de influência de outras fés politeístas. No Gênesis, por exemplo, Deus diz “criemos o homem à NOSSA imagem e semelhança”. Como assim, “nossa”?

Cristãos tentarão te confundir dizendo que Deus estava conversando consigo mesmo, ou com Jesus. Acontece que o termo usado no original foi Elohim, que dá a idéia de um panteão de várias divindades. Isso pra não mencionar que Gênesis foi escrito por Moisés, um judeu, e ele obviamente não acreditava na figura de Jesus.

E pra cimentar ainda mais essa noção, o primeiro - e presumivelmente mais importante mandamento - dá ainda mais indícios disso. Nele, Jeová instrui os israelitas a não adorarem “outros deuses”. Mas como assim, outros deuses? Ele não é o único que existe…?

Ou seja - é bem provável que os autores dos mitos cristãos acreditavam em várias divindades. As várias figuras perversas que aparecem ao longo da bíblia seriam múltiplos deuses maléficos, o que explica por que eles eram referidos por nomes diferentes.


O quote é deste blog: Hoje é um Bom Dia

Eu não quero começar nenhuma guerra inter-clãs aqui. Não importa a sua religião, você há de admitir que a Igreja foi uma grandíssima filha da égua nesse período e só por isso tem tanta influência hoje em dia.

Mas convenhamos, nós não precisamos de tantas discussões e tal e coisa a respeito da Vida, o Universo e Tudo Mais.
Digo, todo mundo sabe qual é a resposta pra isso.


A minha família é bem grande, sabe?
Só o pedaço que eu já conheci preenche o Brasil de norte a sul. Nas férias passadas, conheci uma enorme parcela que eu nunca tinha visto antes, numa cidade dominada por duendes. Quem lembra disso?
Quem não lembra (ou nem viu), vale a pena ler o post. Conta uma descoberta interessante que eu fiz naquele dia. Ah, e sobre a figurinha do Guillermo Franco... Ele tá colado no meu baixo agora! =D

Pois é, hoje a tia-avó Sebastiana morreu... Da única vez que eu vi ela (na tal cidade dos duendes), a coitada já tava sofrendo de Alzheimer e tal e coisa.
Esse post não vai tratar da morte dela, até porque até hoje eu nunca fui muito afetado pela morte de ninguém. Verdade que ninguém muito próximo de mim morreu, mas tem também outro fator: Meu modo esquisito de ver as coisas. O que remete a uma visão que, por hora, eu não vou explicar. Pois seriam muitos posts polêmicos em seguida, e isso aqui não é o Congresso Nacional.

É que no funeral da tia eu fiz um amigo, o Fumaça. Pra muitos (todos?) ele era só um bêbado (ou, como diria meu pai, “bebunzim”) jogado por aí. Bom, ele era mesmo um bêbado jogado por aí, mas também era um cara legal. Minha natureza de me interessar por toda e qualquer pessoa obviamente fez de mim um moleque sociável, por isso me dou bem com muita gente.
Antes que me desse conta, já fiquei sabendo de um resumo da vida do Fumaça.
Ele era formado em Educação Física e até dava aulas como professor. Sabem por que parou? Porque um aluno mandou ele tomar no cú.
Disse que imediatamente após isso ele foi até a sala da diretora e pediu demissão.
Sei lá, essa história não me convenceu muito... Palpito que isso foi por uma série de fatores e esse só a gota d’água, mas quem sou eu pra contestar as palavras de um bêbado?

Disse que ele agora trabalha com Construção Civil. Veja bem, de professor a pedreiro por causa de um insulto.
Ah, não só isso! Agora ele bebe até as tripas encharcarem.
Mas é um homem direito. Durante a nossa conversa ele não soltou sequer um palavrão.

Aliás, hoje é aniversário do Júnior, filho mais velho dele. Eu desejaria um feliz aniversário, mas não acho que vá ser assim tão feliz com o pai bebum do outro lado da cidade.

Poissim, provando a mim mesmo que não estou lá tão enferrujado, de ontem pra hoje li um livro de quatrocentas páginas. Chama “Não Verás País Nenhum”.

Foi escrito em 1970, e falava sobre um futuro esquisito para o Brasil. A estória em si se passa em 2003, e a nação é uma gigantesca e cruel ditadura. A camada de ozônio mal existe, fauna e flora são lendas e a comida (produzida em laboratórios), contém calmantes para manter a população down.
Honestamente, é fantástico em todos os sentidos. Dá no que pensar.
O grande problema é o fim. Mas eu não vou contar mais nada, claro.

Sabe, eu desenho uma história em quadrinhos e tirinhas on-line. Já fiz um joguinho retardado e sua continuação. Comecei a jogar tênis e tocar baixo, além de praticar ninjutsu. Me dou muitíssimo bem com o teatro e coisa e tal.
Repare que eu já me meti em vários projetos. E o pior, gostei de todos eles.
Agora me deu vontade de escrever uma história. Eu já escrevi uma, né... Era uma curtinha em que os personagens eram figurões de um fórum que participo. Até que ficou boa, me fez ganhar um concurso do mesmo fórum. Aí acho que sou capaz de uma mais legal.
Depois eu posto aqui e vocês me dizem o que acham, demorou?

No mais, espero que vocês tenham tido um feliz natal, porque o meu foi ótimo!
E cuidem para que o ano novo seja melhor ainda, porque o meu provavelmente vai ser. 8D


E olha que legal, um mês de namoro... Quem diria?

Ah, e quanto a esse filme...
Absurdamente demais.

Desculpem, não tenho tempo pra fazer um comentário maior. Aqui na casa do Folx temos toque de recolher, sabem como é.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Até lá, vou continuar acreditando nos homens.

Gente, o meu post dos mamutes não era pra ofender ninguém!
Eu já acreditei em Deus. Eu já li a Bíblia de cabo a rabo.
Eu parei de acreditar quando descobri a Ciência, mais ou menos na sexta série. Fato é que a minha mente adora a lógica e não se apega a nada que não faça nem o menor sentido.
Quando eu vejo algo inexplicável, eu realmente adoro.

O post anterior foi um barato porque eu achava mesmo que minha visão de mundo era óbvia o bastante pra pelo menos alguém concordar comigo. Mas aí vi que literalmente ninguém concorda. Cada um tem a sua própria visão de mundo e Deus, e eu acho isso fantástico.

Eu queria deixar claro que eu não falo minha visão de mundo pra tentar convencer ninguém, mas sim porque quero descobrir como é a visão dos outros. Aliás, eu adoraria que um dia alguém me convencesse de que Deus existe.

O post anterior rendeu boas conversas. Descobri que um amigo é mais religioso do que eu imaginava e tive um papo esclarecedor com uma amiga sobre o que eu acredito.
Peço que os mais fanáticos não leiam esse texto. É sério!
É um histórico de um pedaço desse papo esclarecedor, mas em momento algum tem falas ou o nome dela.
Lembrando que eu não quero convencer ninguém disso. É só o que eu acho. Lembrando também que eu adoro saber como funciona a mente dos outros, então não tenham medo de falar sobre isso comigo!

Sabe o que eu queria que acontecesse?
Eu queria estar andando na rua, sabe... Aí do nada aparecia Deus, Jesus ou um anjo.
E eu queria que ele aparecesse fazendo uma coisa bem inacreditável, pra mim não achar que é só um babaca de cosplay.
Tipo voando
Ou brilhando
Ou fazendo piruetas no espaço-tempo
E dissesse na minha cara "Eu existo"
Talvez "Você vai pro inferno, lazarento". Mas mesmo assim eu já ficaria satisfeito.

Bom, seria real o bastante pra mim.
Como vê, eu só acredito em contos-de-fadas quando eles tão na minha frente.
É...

Até lá, vou continuar acreditando nos homens.
Eles existem. Fazem coisas extraordinárias sem ajuda de ninguém.
Eu gosto deles.
São meio tontos as vezes, mas mesmo assim gosto.
Por incrível que pareça, quase tudo com o que eu convivo foi criado por homens.
Ou no mínimo foram eles que me explicaram pra que serve.
E é tudo incrivelmente palpável.
Tipo, por isso não preciso acreditar em Deus nem nada.

Não tem fé em pessoas que matam pessoas?
Ora, Deus mata pessoas também.
Diz na Bíblia que Deus matou mais de duas mil pessoas porque elas viram a cara dele.
Família do Moisés, sabe?
Mas essa parte da história não é contada nos filmes...
Os homens tem falhas, claro. Mas acho que isso torna eles ainda mais divertidos.
Digo, cada um deles tem uma vida tanto ou mais complexa quanto a minha.
Dois homens valem mais que eu, e isso em si já é fantástico!
Cansou do assunto?
Ora, eu fiquei a noite inteira ouvindo o que você acha sobre Deus, e eu nunca vi um!
Aposto que você já viu um homem.


Você já amou alguém?
Claro que já, você tava falando sobre amor.
Aposto que foi um homem.
Ou sua mãe, serve também.
Seja lá quem for, devia ser legal... E devia fazer coisas pra deixar você feliz.
Mesmo que ele dissesse que foi outra pessoa ou Deus, que seja.


Não falar sobre amor!?
Tá bom, amizade.
Você tem amigos, lógico.
Dá pra ver um na sua foto ali do lado
Aposto que você gosta dele.
E aposto que ele não precisou falar sobre Deus nenhuma vez pra te fazer rir.
Pode ter falado, claro. Ele tem tanto direito quanto você de acreditar nisso.
Mas ele não precisa dizer isso, assuma.
Pois então.
Deus nunca me fez tão bem quanto minha família e amigos.

Todos me abandonarem? Isso nunca me aconteceu
Sério?
Tá, você ainda não tinha me conhecido.
Quando todo mundo te abandonar, fala comigo antes de virar freira.
Eu prometo que não vou te abandonar assim
Prometo.
Mas você vai ter que aturar o fato de eu não acreditar em Deus.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Olha, quando você está lidando com alguém que tem esse tipo de mentalidade, pode ter certeza de que ele não vai desistir. Ele vai acabar te pegando.

Eles se amavam pra todo o sempre, e queriam casar.
Eles queriam casar, mas por algum motivo a família dela não permitia.
Sendo o amor deles maior que tudo, o noivo convenceu a noiva a fugir. Primeiro eles casariam escondidos, e então partiriam pra qualquer lugar onde não perturbassem o seu amor.
Eles marcaram a noite do casamento.
Na data marcada, a noiva estava lá. Toda pronta, de vestido e véu. Mas ele não.
Ela esperou a noite inteira, e ele não apareceu. Esperou o dia inteiro, e ele não apareceu. E esperou mais uma noite, e mais um dia...
E esperou, e esperou. E espera até hoje.
Dizem que a grande neblina que por muitos dias cobre a cidade é o véu da noiva que voltou para procurar seu homem.

Essa é a lenda de São José da Nova Pindamonhangabolândiatownville do Centro-Oeste. Mentira, o nome da cidade é Paranapiacaba. Mas agora que eu fiz essa brincadeira, talvez você não ache que é assim um nome tão grande quanto ele realmente é.

Quem me contou essa lenda foi o guia da cidade, e eu estou recontando porque eu comentei sobre ela no blog da Line e ela disse que não se lembrava. Então pensei que seria legal postar no meu blog. E aí, foi legal?

Ah, o título é um trecho do Guia do Mochileiro das Galáxias. Ele está falando sobre Deus. Se alguém quiser, eu posto o trecho inteiro depois x)

Hoje a Mika me perguntou se eu acredito em Deus, e isso terminou na primeira vez que eu assumi a minha visão concreta de mundo pra alguém. Digo, eu sempre pensei assim, mas é a primeira vez que alguém pergunta e eu falo.

Pra mim, o mundo é aleatório. Um elemento aleatório no meio de tantos outros igualmente aleatórios.

O tal Big Bang (assumindo que ele realmente tenha sido real) foi uma explosão completamente ao acaso, que não tem nada a ver com a vontade de ninguém. Depois, aqueles gigantescos blocos de pedra se batendo por aí e se instalando numa boa na gravidade do Sol foram totalmente aleatórios. Foram nove oito, mas poderiam ter sido três, quinze, vinte. E daí? O fato do terceiro deles, de dentro pra fora, se apresentar com capacidade de armazenar e sustentar a vida é algo totalmente randômico. Se tivesse sido o nono, eles talvez estivessem com as mesmas dúvidas que os do terceiro. Isso não faz diferença, é aleatório.


O fato de um certo grupo de células ter se dado bem na vida e evoluído pra peixes e depois macacos também é algo totalmente desproposital. Foram elas, mas poderiam ter sido outras, e os descendentes delas poderiam estar fazendo as mesmas perguntas que os das nossas e que os caras do nono planeta.

Se esse grupo de macacos sobreviveu pra ter tempo de endireitar a coluna, foi por pura sorte. Se por acaso uma população enfurecida de mamutes tivesse acordado mais cedo num dia ou outro, talvez não estivéssemos aqui. Talvez os mamutes tivessem tido mais espaço pra evoluir e agora estariam se perguntando qual o sentido de tudo isso, assim como os descendentes das outras células e os caras do nono planeta fariam.

Talvez se os meus pais não tivessem se casado naquele dia, a lua-de-mel teria sido diferente. Talvez os espermatozóides daquele dia fossem outros, e talvez se eles estivessem em outra posição teria sido outro espermatozóide a ganhar, e não (metade de) eu. E se fosse em outro mês, eu teria uma metade totalmente diferente também. Talvez o meu meio-eu tivesse um modo de pensar totalmente (ou meio) diferente do meu, dos caras do nono planeta, dos mamutes, dos descendentes de outras células...

Ninguém precisou colocar a mão no meio pra tudo isso acontecer. Se alguém colocasse, talvez não fosse a bagunça que é hoje. E com essa mania de acreditar em homens gigantes com super poderes as pessoas esqueceram dessa visão mais simples e óbvia, de que tudo é assim simplesmente porque não foi de outro jeito.


Agora, sobre Deus em si... Se existe mesmo um cara onipotente, onipresente e onisciente, então ele é completamente incompetente ou muitíssimo sacana. Um cara com tantas ferramentas que deixa tanta coisa ruim acontecer por aí é um inútil, eu mesmo faria melhor no lugar dele. E se ele for mesmo tão sacana e cruel quanto dizem alguns, nesse caso não merece o meu respeito.
Mas eu respeito os que tem a necessidade de acreditar no homem invisível que vai mandar 99% da população mundial pro inferno. Acho que é legal ter uma esperança dessas, apesar de eu achar meio esquisito.

Bom, é essa a minha visão de mundo. Eu nunca me perguntei por que estamos aqui, porque pra mim não há razão nenhuma. Espero que eu esteja errado...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Just so easy when the whole world fits inside of your arms.

Estava eu lá ultrapassando a marca da metade do meu almoço (lê-se 'no terceiro espeto de carne'). Enquanto fazia isso eu assistia a adultos em maioria gordos conversando sobre amenidades com amigos semelhantes, crianças nojentas brincando e mijando na piscina (e gritando isso em alto e bom som), cachorros fofinhos correndo de um lado a outro. No rádio ligado da lanchonete tocava um forró ligeiramente bobo e agradável. A carne estava simplesmente perfeita. E, me vendo nessa situação singular, comecei a pensar em que vida agradável tenho levado fora de casa. Digo, eu estava me virando muito bem com os meus compromissos (faltando em uns, indo a outros) e, pasme, já tinha até arranjado uma namorada!

Eu sempre me dei bem fora de casa. Quando vou viajar, passar um dia ou mais na casa de um amigo ou coisa e tal, geralmente sem meus pais, sempre noto como me dou bem e me divirto com a 'aventura'. É por isso que decidi viajar bastante quando crescer. Ou, correndo o risco de soar familiar para alguns, me tornar um mochileiro. Acho que a vida viajando por aí, conhecendo um monte de gente e um monte de lugares legais deve ser muito bacana.

Então pensei na Mika. Será que quando eu conseguir um emprego caseiro que me permitisse viajar (se eu conseguir), ela aceitaria ir comigo? Sejamos mais práticos ainda. Será que ela ainda vai estar namorando comigo?
Mesmo se eu estiver solteiro, e se eu acabar arranjando outra namorada numa dessas viajens? Será que isso me faria parar?
Pensei melhor e cheguei a conclusão de que, na remota hipótese de que eu teria um emprego bom e caseiro, estivesse livre pra ir pra onde quisesse, ainda namorando com a Mika e ela não quisesse ir comigo, eu ficaria com ela. Bem ou mal, dá pra conhecer novas pessoas e lugares em qualquer canto. Até perto de casa.

Foi mais ou menos por aí que o meu espeto acabou. Ao forçar minha mente a focar-se em ir comprar outro, minhas divagações acabaram se centrando em outros assuntos.
Como levar a Mika pra festa de Domingo?
Pensei um pouco e arquitetei um plano aceitável. Minha próxima reflexão foi a constatação de que a Mika acaba surgindo em quase todos os meus pensamentos.A próxima foi "Vou postar isso no blog". Mas se eu dissesse isso aqui, perderia toda a magia.



A primeira parte desse post foi escrita há muito tempo, logo em seguida ao post do Cox. Eu já não lembro se a Mika foi pra festa de Domingo, nem que festa é essa... Mas ela ainda aparece em quase todos os meus pensamentos. Aliás, hoje ela disse que me ama. Tô no espaço~

Mas vocês não precisam ouvir minhas melações. Deixa eu falar sobre outra coisa...


Sim, eu mudei o layout. Agora é um em homenagem ao Guia do Mochileiro das Galáxias, que é uma história que eu curto pra cacete.

E mais, eu tirei certos favoritos do Sburbles... Tirei os que nunca atualizam e os lazarentos que nunca lêem meu blog. Tem alguns que se encaixam em um ou nesses dois grupos, mas se por algum motivo eu gosto do link deles, não tirei.

Massim, mudando de assunto!


Campinas é uma cidade que recebeu muitos imigrantes japoneses. Existe um clube aqui feito por eles pra eles, chamado Nipo. O Nipo tá sempre de portões abertos, não importando se você é sócio ou não. Lá ocorrem festas e eventos (já ouviu falar da FanMixCon?), além de uma feira mensal todo segundo Domingo com diversos produtos japoneses ou não. É lá que eu arranjo canetas de choque... Anyway.
Além disso, no Nipo existem três grupos que se encontram todo Domingo. O KodomoKai, o JuniaKai e o SenenKai.


O KodomoKai é tecnicamente uma creche. Crianças são deixadas lá de manhã para serem supervisionadas, brincarem e até aprenderem um tantinho de japonês. Essa criançada é supervisionada por alguns caras do JuniaKai. Aliás, em prol da informação: O Cox já foi monitor do KodomoKai... Daí você tira suas próprias conclusões.

De manhã a criançada traz diversos lanches e bebidas, que são servidos como café-da-manhã depois. Meu café-da-manhã, as vezes.

O JuniaKai é a próxima reunião, realizada a tarde. Dos três grupos, é o mais numeroso, contando agora com 150 membros. Os jovens de 11 a 17 anos chegam, comem o que restou do café do KodomoKai, conversam, zoam da cara de alguns rapazes pré-determinados e realizam alguma tarefa grupal legal.
Cantam em corais, participam de esportes, trazem PS3 e pá e pó. Você consegue imaginar o que é brincar de polícia e ladrão com 60 pessoas com direito a arminhas de água? Pois bem, é um barato.

Depois de realizadas as atividades do dia, os Junia se juntam numa grande roda e fazem uma reunião. Mais tarde vamos conversar sobre algumas dessas reuniões.

E, por fim, temos o SenenKai. O grupo é de semi-adultos (18 a 20 e tantos anos). Eu não sei o que eles fazem, conheço só alguns membros e não sabia da existência desse grupo até ontem. Aliás, nem foto deles no Google eu achei. Ninjas...

Agora, vamos tratar das tais reniões do JuniaKai.

Não, eu não sou um membro. Por morar a uma distância ínfima do Nipo, as vezes eu apareço por lá, só isso. Fato é que, por uma fantástica improbabilidade do destino, eu estive presente em algumas das reuniões mais importantes. Eu estava lá quando eles planejavam a recepção do príncipe japonês que vinha em comemoração aos cem anos de imigração. Eu estava lá quando eles decidiam como seria a camisa oficial do JuniaKai. Eu estava lá quando uma bola de futebol bateu e quebrou a janela espalhando cacos pela quadra inteira (isso não foi importante, mas super divertido). E, creiam, eu estava lá ontem quando eles decidiram ser reconhecidos internacionalmente.

Akira, membro original desde a criação do JuniaKai há cinco anos e líder organizador do grupo estava de pé diante de vinte jovens majoritariamente japoneses. Era um dos últimos encontros do grupo neste ano e ele tinha um assunto importante pra colocar em pauta:

- Gente. Quem tava aqui em 2003 levanta a mão. Pois é... Vocês lembram como era? Era só um grupo de amigos que criou o JuniaKai sem intenção nenhuma, só pra se encontrar aqui... E agora nós temos 150 membros. Naquela época nós tinhamos sonhos e até um objetivo. Chegar no Japão. Agora a gente já chegou. E aí, vamo parar ou o quê?

Ninguém queria parar, é claro. É verdade que eles já tinham chegado no Japão. Eu estava lá quando o Akira falou sobre os garotos que foram mandados por eles em intercâmbio. Agora eles precisam de uma nova meta.

Depois de um bonito e explicativo discurso sobre o que é estratégia (do inglês estrategy, do latim estrategia...), ele distribuiu papéis para votarem em qual seria o próximo objetivo do JuniaKai.E estava lá, com quase unanimidade, colado no armário: "Ser reconhecidos no mundo inteiro! \o/"

Oficialmente, a contagem dos votos seria depois de uma pausa para uma apresentação no palco, então todos começaram a sair. Mas pra quem viu o armário, tava na cara que seria isso.

Eu fiquei sentado ali até todos saírem e só sobrarmos eu e o Akira na sala.

- Ei Akira. Você bota fé nesse negócio de reconhecimento mundial?- Eu só perguntei porque queria saber o que ele iria responder.

- Boto - Ele disse com aquele sorriso japonês (^^) sem pensar duas vezes.

- Mas você tá ligado no tamanho do mundo? Isso vai dar um trabalhão.

- Mas se é mesmo isso que eles querem, com esforço a gente chega lá. Você acha que dá pra conseguir 50 mil reais em cinco meses?

- Dá?

- Foi o que a gente fez pra mandar eles pro Japão... E antes a gente só conseguia 5 mil por ano. Se você quer mesmo uma coisa é só lutar pra conseguir. Vai ser fácil.

Aí eu fui jogar PS3 (Naruto Ninja Storm é muito legal, por sinal). Depois nos juntamos pra terminar a reunião, e todos afirmaram várias vezes seguida que definitivamente era isso que eles queriam, não importasse o tempo e o trabalho que desse.

Eu passei o meu telefone pra eles. Se eles planejam mesmo ser reconhecidos no mundo inteiro, vão precisar de toda a ajuda possível. E eu adoraria fazer parte disso.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

No busão lotado o bagulho é complicado.

Hoje eu peguei o ônibus errado e encontrei uns velhos conhecidos. Show de bola.