Devo admitir que ele fala bem. Ele tem um jeito coeso de expressar ideias complicadas e vai discursando de um jeito carismático, bem de barbeiro mesmo. Talvez seja a experiência.
Afinal, falar é o que ele mais faz. Do momento em que eu entro até a hora que eu saio (que pode levar bem mais que um corte, porque eu fico lá falando com ele por um tempão depois disso) ele simplesmente não tem pausas. É como um monólogo.
Não que seja desagradável, de forma alguma. Eu gosto de ouvir também. Mas eu não sei se ele acha que eu falo pouco ou sabe que é ele quem fala muito. Nem vou perguntar.
Mas o ponto não é esse. O ponto é ver como algumas pessoas lá fora são simplesmente impressionantes.
Hei que dia desses eu tava lá fazendo a barba quando ele me conta que é um advogado (OAB e tudo) e já tá terminando a pós-graduação. Me contou até sobre alguns casos que ele já defendeu. "Aí sim, fomos surpreendidos novamente", diria o velho Zagallo.
Isso explica a desenvoltura dele, imagino.
Mas aí eu me pergunto por que diabos o cara tá lá, fazendo barba. Ele disse que separa o tempo entre o escritório e a barbearia. Mas mano, um escritório de advocacia é tão pacato assim, a ponto de ele precisar continuar cortando cabelos?
A partir desse ponto, chegamos a duas possíveis conclusões:
A) O mercado de Direito é, de fato, superpovoado e não vale a pena enveredar para essa área.
B) Ele ama o trabalho dele.
Eu sei que é poético demais pra acreditar, mas eu estou propenso a crer na conclusão B. Por coincidência, ouvi dia desses que apenas 25% dos formados em Direito passam no Exame da OAB, o que me leva a crer que o mercado não é tão saturado quanto fazem parecer.
E é por isso que eu tenho grande admiração pelo meu barbeiro. Ele diz que já perdeu o encanto colorido da vida e nem tudo são rosas, mas acho que as vezes ele esquece de olhar no espelho. O cara tem uma mulher e dois filhos que ele ama, exerce duas profissões que ele curte (uma por razões humanitárias e a outra por apego, imagino) e tá sempre todo simpático, todo solícito. Sei lá mano, mas eu acho que esse é um exemplo de sucesso na vida. Mas quem poderia saber, né?
Isso explica a desenvoltura dele, imagino.
Mas aí eu me pergunto por que diabos o cara tá lá, fazendo barba. Ele disse que separa o tempo entre o escritório e a barbearia. Mas mano, um escritório de advocacia é tão pacato assim, a ponto de ele precisar continuar cortando cabelos?
A partir desse ponto, chegamos a duas possíveis conclusões:
A) O mercado de Direito é, de fato, superpovoado e não vale a pena enveredar para essa área.
B) Ele ama o trabalho dele.
Eu sei que é poético demais pra acreditar, mas eu estou propenso a crer na conclusão B. Por coincidência, ouvi dia desses que apenas 25% dos formados em Direito passam no Exame da OAB, o que me leva a crer que o mercado não é tão saturado quanto fazem parecer.
E é por isso que eu tenho grande admiração pelo meu barbeiro. Ele diz que já perdeu o encanto colorido da vida e nem tudo são rosas, mas acho que as vezes ele esquece de olhar no espelho. O cara tem uma mulher e dois filhos que ele ama, exerce duas profissões que ele curte (uma por razões humanitárias e a outra por apego, imagino) e tá sempre todo simpático, todo solícito. Sei lá mano, mas eu acho que esse é um exemplo de sucesso na vida. Mas quem poderia saber, né?
5 comentários:
AEAEAEAE VC EH FODA PARABEINZ
BEZOZ :@*@*@***
PUXA PUXA FABRICIOLA FICO MUITO FELIZ EM TER UM COMENTÁRIO TÃO SINCERO SEU.
MUITO OBRIGADOLO :*@*@*@*@#*R#*#
Pessoas que invadem blogs alheios e ainda usam erros ortográficos comentaram aqui ahauahauahaua neah senhor Gam, invade meu blog do meu próprio pc , bonito ahauahauahaauahau
Não me lembro disso. Acho sua acusação infundada, inclusive.
aah claro hauahauaahauahaua eu sonhei com isso hauahaau certeza. Eu tenho testemunhas haahauaaha
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