quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Meu caro amigo, me perdoe por favor se eu não lhe faço uma visita...

Mas como agora apareceu um portador, mando notícias nessa fita.

Agora que a minha unidade escolar só tá tendo aulas de manhã, me refugiei no único porto seguro que ainda tem aulas a tarde. Cambodjão.
Puta lugar agradável esse Cambodja, viu. A galera de lá é um tanto quanto parada demais, mas o lugar é incrível.
A escola é pequena... Nem cantina tem. Na hora dos intervalos os alunos dispersam-se pelas ruas do centro por uma série de lanchonetes e padarias de música e ambiente agradáveis que ficam nas redondezas. Uma em especial, logo ao lado, onde os mulecote sentam pra jogar poker, é muito jóia.
Tudo muito rox, tudo muito dez. Não fosse pelo vestibular e o fato de se tratar de uma escola, eu me sentiria plenamente a vontade.

Aqui na terra tão jogando futebol. Tem muito samba, muito choro e rock'n roll...
Nuns dias chove, noutros dias bate sol..
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta.


Hoje eu "conheci" a Bárbara, uma moça muito esquisita do Cambodja.
Perceba a esquisitice.
Ela não é gostosa, apenas. Ela é gostosa e bela pra caralho. É um pedido pessoal de perdão de Deus por todas as suas cagadas.
Ela não é só inteligente, não. Ela tá sempre enfiada com a cara em algum caderno. Ela tá sempre em primeiro nas classificações de simulados e porvas.
E não acaba por aí. Dizem as fofocas que ela também é muito gente boa.
Diante de tal exemplar de ser humano, eu não podia ficar quieto. Estava eu passando pelo corredor quando vi ela lá, sentada estudando. Tive que dar os parabéns a ela.
Sim, eu parabenizei uma pessoa por ela existir.

Imagino eu com meus botões que essa menina tenha algum defeito. Um defeito simplesmente colossal, pra compensar tudo isso. Espero jamais descobrí-lo.

Muita mutreta pra levar a situação
que a gente vai levando de teimoso, de pirraça
Que a gente vai tomando, que também sem a cachaça ninguém segura esse rojão.

Mas, seja lá quem for você, caríssimo leitor, contenha suas fofocas. Não tá rolando nada entre eu e a dita cuja. Aliás, nós mal nos conhecemos.
Não sei se passei na segunda fase da Unicamp, mas já estou me flagelando por não estar estudando feito um porco.
Caramba, não só por causa do meu futuro profissional. Se eu quero tanto mudar meu ritmo de vida, eu deveria estar me empenhando mais pra entrar naquela desgraça.
Sei lá.

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta.

Bom, pelo menos no Cambodja o clima de vestibular é maior. Aquelas pessoas normais que estudam e não matam aula comigo pra jogar Magic provavelmente serão uma boa influência na dita reta final.

...Que também sem um carinho ninguém segura esse rojão.

Meu caro amigo, eu bem queria lhe escrever mas o correio andou arisco.
Se me permitem, vou tentar lhe remeter notícias frescas nesse disco.
Aqui na terra tão jogando futebol.
Tem muito samba, muito choro e rock'n' roll.
Uns dias chove, noutros dias bate sol.
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta.
A Marieta manda um beijo para os seus.
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças...
O Francis aproveita pra também mandar lembranças a todo o pessoal.
Adeus
Más notícias não andam sozinhas.
Hoje de manhã morreu um amigo meu, de São Paulo. Ele era um policial. Meio porra loca e pá, mas eu gostava dele. Uma pena mesmo.
Três tiros.

Lembro de quando ele ficou todo bobo mostrando o filho recém-nascido pela webcam. Aquele cigarro na boca e aquela cara fechada com um bebê meio sonolento nas mãos.
Era um cara que definitivamente não prestava, isso eu posso garantir, mas mesmo assim faz falta.
O muleque vai crescer e eu, um nerd qualquer em algum canto do interior, conheci o pai dele melhor que ele mesmo.
Chato pensar nessas coisas... Mas é assim que é, né.





2 comentários:

Rafael disse...

bom, pelo menos esse seu "parabéns' por existir foi mais delicado que o "parabéns" que um certo cara aí dá pras moças.

Gam disse...

Tem gente que não presta, ein! :V